sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Para o texto não atrofiar


Enfim, férias.

Enfim, o despertador calado. As pálpebras caídas até enjoarem. A inexistência da angústia de um domingo. Amigos. O copo americano cheio de volúpia. A chuva, que cai depois de um dia quente. O canto de tempo. Alguma cidade distante. Ou nenhum destino em mente. Os pés exploradores. Pedras e o mar. Solas enterradas em areia. Gotas de sol ardendo a pele. Roupas magras, esquecidas nas gavetas, ganhando silhueta. Uma cama, na qual você dificilmente acostuma, mas que deixa perfume no corpo depois de abandonada. A vida sorrindo. O caderno em branco aberto, sem compromisso.

Flores to Fly foi criado apenas para que meu texto não atrofie durante as férias. Trinta dias é tempo incogitável para descansar a minha respiração. Escrever é um jeito de sobreviver. É quando faço sentido. Escarrar do peito o meu em torno diminui a pressão da vida. 

Bem-vindos e boa viagem.